Cemitério

Santa Casa

Av. Professor Oscar Pereira 423, Bairro Azenha, Porto Alegre - RS

Considerado um museu a céu aberto, o Cemitério da Santa Casa, além de ser uma atração turística de Porto Alegre, é o mais antigo em funcionamento da cidade localizado no bairro Azenha. É um importante espaço de memória e de representações políticas, sociais, econômicas e culturais do Estado. Por meio das esculturas situadas nos jazigos e, das próprias sepulturas, histórias de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul podem ser contadas. O conjunto dos monumentos de arte cemiterial é patrimônio da cidade e do Estado. Eles são relevantes, não só por sua beleza e sentido artístico, mas também por expressarem as transformações culturais promovidas ao longo do tempo. Percorrer suas ruas e alamedas é um convite ao reconhecimento deste patrimônio, legado de gerações.

Visitas

Aberto diariamente das 8h às 18h. A visitação é gratuita. 

Visitas mediadas com escolas podem ser agendadas de segunda-feira a sexta-feira das 8h-18h, com duração aproximada 2h (pode ser adaptada conforme o tempo disponível da escola). 

CONHECENDO MAIS

O Cemitério da Santa Casa de Porto Alegre, inaugurado em 1850, conserva em seus 10,4 hectares muito da história da capital e do próprio Rio Grande do Sul. Atrás de seus muros, mais de um século e meio de história estão representados nas sepulturas e mausoléus, através da arte esculpida em mármore, bronze, ferro e pedra. Atravessar os portões que guardam esse patrimônio da cidade e caminhar por suas alamedas é iniciar uma viagem ao passado, ingressando no tempo presente com suas expressões contemporâneas de manifestações diante da morte. No Brasil Colonial, as vilas tinham em seu centro uma capela, e, ao lado ou nos fundos, o cemitério. Em Porto Alegre, o cemitério da Igreja Matriz localizava-se atrás da sua edificação e da Capela do Divino Espírito Santo, que deram lugar ao prédio da Cúria Metropolitana, na atual Rua Fernando Machado.

CAMINHADAS CULTURAIS

Passeios mediados por uma de nossas historiadoras, onde apresentamos aspectos históricos e artísticos sobre a fabricação de monumentos funerários e as trajetórias de personalidades ali sepultadas. As atividades ocorrem em datas pré-estabelecidas no Calendário de Caminhadas Culturais 2025, e as inscrições são feitas exclusivamente através da plataforma sympla. 

Consulte calendário de Caminhadas Culturais. 

Projetos – Entrevistas - Gravações

Projetos de cunho educativo e patrimonial podem ser realizados no Cemitério desde que autorizados pela Equipe do CHC Santa Casa. A descrição do projeto deve ser feita via Termo de Solicitação e enviado por email, aguardar o retorno com parecer positivo/negativo.

MAIS INFORMAÇÕES

Tefone/WhatsApp: 51 3213-7370 

E-mai: educativo.chc@santacasa.org.br 

MAIS INFORMAÇÕES

Av. Professor Oscar Pereira 423, Bairro Azenha, Porto Alegre - RS

Em 1834 já havia uma comissão sanitária, formada por médicos, e nomeada pela Câmara Municipal para debater sobre o problema da necrópole. Foi em 1843, após a Câmara Municipal ter autorizado a mudança do Cemitério da Matriz para uma localidade afastada, extramuros, que o Presidente da Província, Luís Alves de Lima e Silva, então Barão de Caxias, tomou a iniciativa de fazer adquirir, em 6 de agosto de 1844, um amplo terreno, situado longe do centro, no alto da Colina da Azenha, ordenando à Irmandade da Santa Casa a sua administração.

Para agosto de 1850 foi projetada a sua inauguração. Entretanto, com a epidemia de febre amarela que se difundia pela Vila, urgia realizar os sepultamentos no novo cemitério. Assim, em 6 de abril, daquele ano, realizou-se a primeira inumação no alto da Azenha, sendo ainda aprovado pela Câmara Municipal o impedimento de realizar enterros nas outras necrópoles que havia em Porto Alegre. José Domingues, um marítimo português que chegou em Porto Alegre, foi o primeiro livre sepultado. E a inocente Eva foi a primeira escravizada ali acolhida, em 12 de abril de 1850.

Até 1884, este foi o procedimento: os livres eram sepultados no interior do Cemitério, e os escravos, fora dos seus muros. Com a abolição da escravatura em Porto Alegre, quatro anos antes da assinatura da Lei Áurea (1888), pela Princesa Isabel, todos os falecidos da capital passaram a ser sepultados no seu interior.

Os surtos de cólera, tuberculose, febre tifoide, moléstias intestinais e afecções cardíacas determinaram o aumento dos índices de ocupação do Cemitério que, em 1893, já contabilizava 50 mil mortos, forçando a ampliação da área, determinada também pela expansão urbana da capital. E neste processo vertiginoso de urbanização, atravessando o século XX, outras necrópoles surgiram, também no alto da Azenha, e em outras área do município.

Na atualidade, o Cemitério Santa Casa é a expressão evidente das transformações sociais, econômicas, políticas, religiosas e culturais, promovidas ao longo do tempo na história da capital e do estado do Rio Grande do Sul.

Conheça alguns monumentos e túmulos

Pórtico De Entrada

Panteão

Campo Santo

Iberê Camargo Pinto E Gravurista

Apolinário José Gomes 
Porto Alegre (Poeta e Escritor)

João Carlos Augusto Bordini (Coronel) 

Manuel Marques de Sousa
(Conde de Porto Alegre)

Joaquim Maurício Cardoso (Ministro da Justiça)

José Antônio Correa da Câmara (Visconde de Pelotas)

José Gomes Pinheiro Machado
(Senador da República)

José Inácio de Carvalho Freitas
(Vigário)

José Montaury de Aguiar Leitão
(Intendente de Porto Alegre)

José Plácido de Castro
(Militar, conquistador do Acre)

Julio Prates de Castilhos (Presidente do Estado do RS)

Manoel José de Campos
(Barão de Guahiba)

Manuel de Cerqueira Daltro Filho (General)

João Ferreira Porto
(Comerciante)

Otávio Rocha (Intendente de Porto Alegre)

Protásio Antônio Alves
(Médico)

Rafaela Pinto Bandeira
(Brigadeira)

Vitor Mateus Teixeira – Teixeirinha
(Intendente de Porto Alegre)

Capela São Joaquim

CRIAÇÃO DE DRAMATURGIA

O CHC lançou o 1° Edital Público de CRIAÇÃO DE DRAMATURGIA E ENCENAÇÃO SOBRE O CEMITÉRIO SANTA CASA, onde propõe a criação de um espetáculo que apresente aspectos históricos e artísticos do Cemitério Santa Casa, dos monumentos funerários e personalidades sepultadas, com o recorte de símbolos que possibilitam a identificação de representações de mulheres, do feminino e seus significados.