CEMITÉRIO
Jazigo José Plácido de Castro
(São Gabriel/RS, 1873 – Seringal Benfica-Rio Branco/AC, 1908)

Av. Professor Oscar Pereira 423, Bairro Azenha, Porto Alegre - RS
O Jazigo
O monumento funerário Plácido de Castro, constituído em mármore sobre uma base de granito, apresenta uma alegoria da injustiça: a figura feminina tem a venda dos olhos levantada e a balança é forçada a pender pela espada. No lado pendente da balança há um saco de dinheiro. A alegoria está sobre um pedestal e na base deste – sobre a campa do túmulo – um grande leão atacado pelas costas, em analogia à morte de Plácido de Castro, conforme suas últimas palavras inscritas em seu epitáfio:
“[…] TANTA OCASIÃO GLORIOSA DE MORRER E ESSES CAVALHEIROS ME MATAM PELAS COSTAS!… MAS EM CANUDOS FISERAM PEOR”.
O leão é recorrente na arte tumular por simbolizar a coragem, a força e a bravura. O túmulo é projeto do arquiteto Theo Wiederspahn (1878-1952).
Referências
ALVES, José Francisco. A escultura pública de Porto Alegre: obra comemorativa. Porto Alegre: Ponto Arte, 2022.
FRANCO, Sérgio da Costa; ROZANO, Mário (Org.). Dicionário Político do Rio Grande do Sul: 1821-1937. Porto Alegre: Suliani Letra e Vida, 2010.
KEISTER, Douglas. Stories in the stone: a field guide to cemetery symbolism and iconography. Salt Lake City: Gibbs Smith, 2004.
PORTO ALEGRE, Aquiles. Homens Ilustres do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Erus, 1916.
SPALDING, Walter. Construtores do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Sulina, 1969, v. II.



