CEMITÉRIO
Jazigo José Gomes Pinheiro Machado
(Cruz Alta/RS, 1851 – Rio de Janeiro/RJ, 1915)

Av. Professor Oscar Pereira 423, Bairro Azenha, Porto Alegre - RS
O Jazigo
No topo do monumento funerário Pinheiro Machado, constituído em granito, mármore e bronze, encontra-se uma cratera com fogo que queima em memória do falecido. Logo, a alegoria da República, que num gesto, abençoa a figura do jacente. O corpo do senador está coberto pela bandeira do Brasil, e aos seus pés estão crianças – que representam as gerações futuras – a lhe ofertarem rosas e palmas. A figura sedestre é Clio, a musa da história, que inscreve o nome de Pinheiro Machado num pergaminho da história do Brasil. O leito em que jaz o falecido tem o travesseiro coberto de folhas de louro em sinal de glória, e leões nas extremidades – animal que simboliza a bravura, a coragem, a força e a majestade. A carga escultórica, obra do artista Rodolfo Pinto do Couto (1888-1945) é assinada com o ano de 1919. No verso do mausoléu segue a continuidade da narrativa, com uma procissão em direção a uma porta, encimada pela palavra imortalidade, que complementa a epígrafe em bronze que aparece na base do jazigo: “O RIO GRANDE DO SUL A JOSÉ GOMES PINHEIRO MACHADO: O ESQUECIMENTO É O NADA, A GLÓRIA É A OUTRA VIDA”.
Referências
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SPALDING, Walter. Construtores do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Sulina, 1969, v. II.









